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De volta ao Brasil após um mês na Coreia do Sul, os colaboradores do IBMP Ueriton Dias de Oliveira, da área de Produção, e Jaqueline de Oliveira Rosa, da área da Qualidade, promoveram um workshop interno para relatarem suas impressões sobre as experiências que vivenciaram durante o intercâmbio científico na capital Seul.
Eles compuseram o seleto grupo de 20 cientistas (16 do Brasil, três da Colômbia e uma da Argentina) que participaram de um programa de quatro semanas destinado ao treinamento didático no Instituto Internacional de Vacinas (IVI), treinamento prático na K-Bio Health e treinamento local em fábricas de biofabricação de última geração. A estada dos profissionais foi financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), cujo recurso destina-se a formação de pessoas dos países latino-americanos.
O treinamento foi motivado pela Pandemia da Covid, que apontou a necessidade da instalação de indústrias de biofabricação em países de baixo e médio rendimento para melhorar a equidade global das vacinas e, consequentemente, a formação de cientistas e técnicos para trabalhar nestas indústrias. A Coreia foi o país designado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em fevereiro de 2022, para ser o Centro Global de Treinamento para Biofabricação (GTH-B), e desde então, tem fornecido formação de qualidade sobre produção de vacinas e biofarmacêuticos.
Para Jaqueline, a experiência na Coréia do Sul foi verdadeiramente transformadora. Entre as impressões, ela descreveu a capacidade produtiva de biofármacos do país, com instalações de última geração e tecnologias avançadas e descreve as smart factories como um espetáculo à parte, com sistemas automatizados e inteligentes que otimizam a produção e minimizam erros. Ela também considerou os rígidos controles de qualidade em tempo real como uma das partes mais impressionantes do treinamento. “A precisão e eficiência dessas fábricas são um testemunho do compromisso da Coréia com a inovação e a excelência”, destacou.
Para ela, houve a oportunidade incrível de troca de conhecimentos, seja com os palestrantes ou com os parceiros de curso. “A organização do treinamento foi impecável. O IVI e a K-Bio Health proporcionaram um ambiente de aprendizado rico e estimulante e todos nós estávamos lá com o mesmo objetivo: adquirir habilidades e conhecimentos para ajudar nossos países a responder melhor às crises de saúde ou às necessidades básicas do sistema de saúde, com a independência na produção de vacinas. Essa experiência me fez perceber a importância e compromisso com a saúde pública da produção de biofármacos e me inspirou a aplicar o que aprendi quando voltei ao Brasil. Agradeço ao IBMP pela confiança e por essa oportunidade de crescimento profissional tão incrível”, concluiu ela.
Já Ueriton descreveu a participação como uma oportunidade pessoal e profissional única. “Pude entender como a indústria de biomanufatura atua, a infraestrutura necessária e rigor dos processos voltados para produtos de uso humano”, destacou. Para ele, o ambiente de aprendizado teórico e prático e com tecnologias de última geração, como o centro global de desenvolvimento de vacinas (IVI), ambientes em realidade virtual (K-Bio Health), indústria 4.0 (Daewoong Pharma) e GC Pharma e a renomada equipe de especialistas foram os pontos mais fortes do intercâmbio científico. “Para mim, este treinamento foi como uma viagem no tempo, uma viagem para o futuro. E sem dúvidas pudemos visualizar o nosso futuro materializado. Lá tivemos a oportunidade de enxergar como será o IBMP de amanhã”, concluiu.