IBMP

Fique por dentro

IBMP e Fiocruz apresentam portfólios de terapias e diagnósticos em evento sobre os avanços da indústria de biotecnologia

O IBMP e a Fiocruz marcaram presença no 1º Encontro de Rotas Biotecnológicas, com foco em Terapias e Diagnósticos Avançados, com a apresentação de seus portfólios e o reforço da importância do compartilhamento de conhecimento e da transferência de tecnologia para possibilitar ao Brasil a independência na produção de insumos, diagnósticos, vacinas e bioterapêuticos. O evento realizado entre os dias 18 e 20 de outubro, nos formatos on-line, via YouTube, e presencial no Campus da Indústria, em Curitiba, o contou com mais de 3.700 participações durante os três dias de programação.

Um dos palestrantes foi o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marco Aurelio Krieger, que estava em viagem à Ásia e participou do evento remotamente. Em sua apresentação, afirmou que o contexto de pandemia acelerou a troca de informações e a transferência de tecnologia, como a utilizada na produção de vacinas pela Fiocruz.  “O conhecimento adquirido e as tecnologias utilizadas na fabricação de vacinas na pandemia de Covid poderão ser utilizadas no desenvolvimento e produção de terapias para o tratamento de doenças raras e cânceres”, afirmou.

Krieger ainda destacou que o compartilhamento de conhecimento entre instituições de pesquisa permitiu ao Brasil, por meio da Fiocruz, desenvolver um kit de diagnóstico molecular para a detecção da Covid em tempo recorde.

A afirmação corroborou com a apresentação do pesquisador da Fiocruz Paraná e gerente de Desenvolvimento Tecnológico do IBMP, Fabricio K. Marchini, que destacou que o Brasil ainda é dependente do mercado externo na compra de insumos para diagnóstico e que na pandemia esses insumos se tornaram escassos. “Já temos produzido alguns reagentes para essenciais para a fabricação dos nossos testes e temos o objetivo de aprender a produzir outros para garantir independência estratégica, pois a pandemia nos mostrou que para atuarmos de forma rápida, precisamos produzir insumos no Brasil, nem que seja em pequena escala”, disse.

O pesquisador enfatizou que o IBMP, em parceria com a Fiocruz, irá produzir biomoléculas para fins terapêuticos. “Essas moléculas já estão registradas nos Estado Unidos e na Europa, mas ainda não há registro no Brasil. Queremos criar competências, formar equipes capacitadas para que no futuro também tenhamos domínio dessa tecnologia”, afirmou.

Legado – O 1º Encontro de Rotas Biotecnológicas, com foco em terapias e diagnósticos avançados trouxe para o debate temas variados como: pesquisas científicas e desenvolvimento tecnológico, inovações, medicina de precisão, legislação e assuntos regulatórios e por oportunizar aos especialistas uma rica discussão para a convergência entre a indústria de biotecnologia e os institutos de pesquisa e universidades. 

A coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Observatório Sistema Fiep, Ariane Hinça Schneider enfatizou que “o complexo econômico da saúde tem certa dependência de insumos de tecnologia de fora do país. Em contraponto, o Brasil muita produção de ciência e pesquisa nacional, o que falta é conexão. Com o evento, conseguimos promover o contato entre esses pesquisadores e a oportunidade de utilizar isso na industrialização, nas soluções e para tornar produtos da área da saúde mais acessíveis à população”, pontou.

O gerente de Desenvolvimento de Negócios do IBMP, Lucas Rossetti Nascimento acredita que o evento deve incentivar a realização de novas edições. “Foi possível garantir a participação de profissionais e estudantes, não só do Paraná, mas de todo o Brasil. Como resultado, tivemos a divulgação de um rico conteúdo técnico-científico, geração de conhecimento e networking”, celebrou.

A necessidade de cooperação tecnológica para o fortalecimento da indústria de biotecnologia também foi reforçada pelo presidente da Loccus do Brasil, Eduardo Luiz de Araújo, destacando que a indústria deve trabalhar em consonância com o saber científico. “Esse incentivo à criação de ecossistemas locais voltados para a fabricação, com um olhar cuidadoso para o processo produtivo, é necessário”, destacou.

O encontro foi promovido pela Fiep e pelo Sebrae/PR, em parceria com o IBMP, Instituto de Pesquisa Pequeno Príncipe e Faculdades Pequeno Príncipe, Tecpar, e apoio da Fundação Araucária e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).  

×