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A equipe do IBMP, representada pela gerente de Estratégia, Ana Carolina Lopes e o gerente de Desenvolvimento Tecnológico, Fabricio Marchini participou da cerimônia de apresentação das ações previstas para 2024/2025 para enfrentamento à dengue e outras arboviroses do Ministério da Saúde, realizada na quarta-feira, 18/9, em Brasília/DF. Com investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão, a iniciativa busca diminuir os números de casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil.
O Plano de Ação 2024/2025 para redução dos impactos da dengue e outras arboviroses apresentado na cerimônia pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi construído com a participação de pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato direto com as comunidades. A iniciativa está baseada nas evidências científicas mais atualizadas, novas tecnologias e representa um pacto para o enfrentamento a essas doenças.
As ações serão coordenadas pelo Ministério da Saúde em estreita parceria com estados e municípios e colaboração de instituições públicas e privadas, bem como de organizações sociais. Nísia lembrou que neste ano foram notificados 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, aumento de três vezes em relação a 2023. Já para o próximo ano, estudos indicam que a situação não será de maior gravidade, o que não reduz a necessidade de mobilização. “Queremos passar essa mensagem: a hora de cuidar é agora”, frisou.
Já o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve presente na cerimônia e destacou que “Todo verão somos intimados pelo crescimento da dengue e de outras doenças. Dessa vez, com a questão climática evoluindo para que o planeta fique mais aquecido, resolvemos antecipar o lançamento da campanha para que a gente tenha tempo. Não apenas do ministério, as questões científicas e a estrutura do SUS, precisamos antes preparar a sociedade, porque os mosquitos estão na casa de cada um de nós”, disse o presidente.
O Plano foi dividido em seis eixos de atuação, com foco para implementação no segundo semestre de 2024. São eles: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial e manejo clínico, preparação e resposta às emergências e comunicação e participação comunitária.
O IBMP mais uma vez vai contribuir com o Plano de Ação com atuação em diferentes frentes e reforça o seu compromisso de entregar soluções que promovam a saúde e o bem-estar da população brasileira. “Entendemos que todos podem contribuir para o controle das arboviroses, especialmente a dengue, e por isso colocaremos toda a nossa expertise à disposição do SUS”, afirmou o diretor-presidente do IBMP, Pedro Barbosa.
O IBMP já é um dos fornecedores de testes rápidos para dengue e de Kits para o diagnóstico molecular de Zika, Dengue (4 sorotipos) e Chikungunya. “A testagem tem um papel fundamental no controle de uma epidemia, pois traz informações epidemiológicas importantes para a tomada de decisão das autoridades sanitárias e principalmente auxilia os profissionais de saúde com a confirmação do diagnóstico e o atendimento rápido e adequado aos pacientes”, explica Barbosa.
EDLs – Outra ação destacada no Plano é a ampliação do uso de Estações Disseminadoras de Larvicida para controle do Aedes aegypti, transmissor da dengue, nas periferias brasileiras. A estratégia, desenvolvida e coordenada por pesquisadores da Fiocruz Amazônia, foi testada e aprovada com resultados comprovados. Para esta frente, o IBMP por meio de sua subsidiária, IBMP Ativos, está investindo na criação de um novo ramo de negócio que visa produzir e comercializar este tipo de produto.
Wolbito do Brasil – Mais uma estratégia apontada no Plano é ampliação do uso do método Wolbachia. O método consiste em liberar os mosquitos Aedes aegypti reproduzidos em laboratório com a bactéria Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais estabelecendo, aos poucos, uma nova população dos mosquitos, todos com Wolbachia. Quando presente no mosquito, a bactéria impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam, contribuindo para redução das doenças.
Para esta ação, a Fiocruz por intermédio do IBMP, e em parceria com a instituição australiana World Mosquito Program (WMP), está implantando uma biofábrica de mosquitos com Wolbachia em Curitiba/PR. A biofábrica deve entrar em operação em 2025.
Antecipação – Na cerimônia de apresentação do Plano de Ação, a ministra da Saúde, apontou as regiões com maior possibilidade de ter mais casos de dengue: A Região Sul, porque grande parte da população não teve contato histórico com o vírus, então isso torna as pessoas com mais possibilidade de ter a doença. E a Região Sudeste, muito em função da circulação do vírus do sorotipo 3.
Com informações da Agência Brasil